Novos dados divulgados
neste 22/julho/14 pelo Fundo da
ONU para a Infância (UNICEF) mostram a necessidade de medidas urgentes para acabar com a
mutilação genital feminina e o casamento de crianças – duas práticas que afetam
milhões de meninas em todo o mundo.
Os
dados foram apresentados durante a Primeira Conferência
das Meninas 2014, em Londres (Reino Unido), evento co-organizado pelo
UNICEF e pelo Governo do Reino Unido.
Mais
de 130 milhões de meninas e mulheres sofreram
algum tipo de mutilação genital feminina em 29 países da África e do
Oriente Médio.
UNICEF/BANA2014-00451/MAWA |
“Os
números nos dizem que devemos acelerar nossos esforços. E não vamos esquecer
que estes números representam vidas reais. Enquanto estes são problemas de
escala global, as soluções devem ser locais, impulsionadas pelas comunidades,
as famílias e as próprias meninas para mudar a mentalidades e quebrar
os ciclos que perpetuam a mutilação genital feminina e o casamento infantil”,
disse o diretor executivo do UNICEF, Anthony Lake.
“Não
podemos deixar que os números surpreendentes nos entorpeçam, mas que nos
obriguem a agir”, acrescentou.
Segundo
a ONU, a prática da mutilação genital feminina não tem benefícios para a saúde,
provoca dor intensa e tem várias consequências para a saúde em curto e
em longo prazo, incluindo hemorragias prolongadas, infecções,
infertilidade e morte.
Ao
mesmo tempo, as meninas que se casam antes de completar 18 anos são menos
propensas a permanecer na escola e têm mais possibilidades de sofrer violência
doméstica, além de ter complicações na gravidez e no parto por conta da idade.